Como socorrer uma pessoa com AVC?
O acidente vascular cerebral (AVC) é popularmente conhecido como derrame e pode ocorrer de duas formas, o mais comum deles é o AVC isquêmico, que ocorre quando a artéria fica obstruída e o sangue não chega em determinadas áreas do cérebro.
O outro tipo de AVC é o hemorrágico que é causado pelo comprimento de um vaso sanguíneo, gerando eventualmente por um aneurisma cerebral.
As consequências do AVC têm ligação com a área do cérebro afetada, que não recebeu fluxo sanguíneo necessário, prejudicando a função dos neurônios da região.
É muito importante saber reconhecer os principais sinais de um AVC, o atendimento médico de emergência pode ajudar a salvar vidas. Esses sinais podem aparecer de forma isolada ou combinada que são eles:
- Alteração da visão.
- Fortes dores de cabeça.
- Dificuldade para engolir.
- Dificuldade de falar ou de entender o que os outros falam.
- Enfraquecimento, dormência ou paralisação de um lado da face, braço ou perna.
Nas últimas décadas o atendimento do paciente com AVC tem evoluído muito, primeiro surgiu a possibilidade de realizar o tratamento por via endovenosa com um medicamento trombolítico que consegue dissolver o coágulo causador do derrame, outra possibilidade é tratamento endovascular que é a remoção do coágulo por um procedimento minimamente invasivo.
O tipo de tratamento a ser realizado vai ser definido pela equipe de atendimento da emergência. O tempo de início dos sintomas é um fator determinante no prognóstico e evolução do quadro clínico do paciente.
Para identificar se uma pessoa está com indícios de AVC é preciso realizar a prática da sigla SAMU. Trata-se de uma técnica onde é possível reconhecer com precisão se uma pessoa está com os sintomas de AVC, caso o teste do SAMU seja positivo, acione a emergência imediatamente.
Você sabe o que é a sigla SAMU?
Na neurologia, ela representa a união de sinais sugestivos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
👉 Em caso de suspeita, peça para a pessoa sorrir (S). Se ela apresentar um sorriso com uma deformidade da rima labial, pode ser um desvio causado pelo AVC.
👉 O [A] é de abraço. Quando a pessoa não consegue abraçar, mostra que está sem forças para levantar os braços.
👉 [M] é de música. Se a pessoa não consegue cantar ou assobiar é sinal de alerta.
👉 Já o [U] representa urgência e é quando se deve acionar o SAMU, nesse caso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ou levá-la imediatamente para o hospital.
🚨 Ao reconhecer os sintomas de um AVC peça rapidamente ajuda para encaminhar a vítima ao hospital mais próximo. O tempo é muito importante para o tratamento do AVC e redução das sequelas.
Atendimento ao AVC seguindo a escala de Stroke!
Quando o paciente com suspeita de AVC chega à emergência do hospital, é realizada uma avaliação inicial para chegar à gravidade do caso através da Stroke Scale.
Por meio do atendimento Stroke conseguimos obter informações sobre a gravidade do AVC e através da pontuação obtida na escala, serão tomadas as decisões do tratamento a ser instituído.
A escala consiste em avaliar os sinais do paciente que está com suspeita de AVC.
- Nível de consciência: paciente está alerta, não alerta ou está respondendo apenas com reflexos motores ou reações autonômicas.
- Perguntas de nível de consciência: o paciente é questionado sobre o mês e sua idade.
- Comandos de nível de consciência: o paciente é solicitado a abrir e fechar os olhos e então abrir e fechar a mão.
- Olhar conjugado: aqui os movimentos oculares são analisados para verificar se há paralisia parcial ou total do olhar.
- Visual: os campos visuais são testados por confrontação para analisar perda visual, hemianopsia completa ou hemianopsia bilateral.
- Paralisia Facial: nesta etapa é verificado se há paralisia parcial ou total da face.
- Movimentos dos braços: o braço é colocado em posição de 90° e então é analisada a queda do braço que deve ocorrer antes de 10 segundos.
- Movimentos das pernas: a perna é colocada na posição de 30° e a queda deve ocorrer em até 5 segundos.
- Ataxia de membros: este item avalia se existe evidência de uma lesão cerebral unilateral.
- Sensibilidade: aqui avaliamos se há sensibilidade ou mímica facial ao beliscar ou ao realizar um estímulo doloroso.
- Melhor linguagem: o paciente é solicitado a descrever o que está acontecendo.
- Disartria: é solicitado que o paciente que leia ou repita palavras para avalizar se há alteração no organismo e perda de coerência.
- Extinção ou Desatenção: é analisado se há desatenção visual, tátil, auditiva, espacial ou pessoal.
Dependendo da pontuação atingida na escala o médico então determina a gravidade da lesão e encaminha o paciente para o seu respectivo tratamento. Agende uma consulta.
HCI e você, juntos pela vida!