Você sabia que o HCI é referência no atendimento ao AVC (STROKE)?

A Iniciativa Angels é uma intervenção internacional de cuidados de saúde dedicada a melhorar as chances dos doentes de AVC de sobrevivência e de uma vida sem incapacidade e digna.

Após muita dedicação, toda a equipe do HCI recebeu o certificado de qualidade no atendimento do AVC isquêmico: “O município de Itajubá e cidades vizinhas ganham com esse atendimento de excelência do AVC isquêmico que tem apenas um único objetivo: salvar vidas e trazer esperança para as famílias. Vamos trabalhar com muito carinho e dedicação para sempre fazer o melhor”, ressalta Dr Lucas Porto, professor da FMIT, médico neurologista e chefe da equipe de Neurologia do HCI.

Como socorrer uma pessoa com AVC?

O acidente vascular cerebral (AVC) é popularmente conhecido como derrame e pode ocorrer de duas formas, o mais comum deles é o AVC isquêmico, que ocorre quando a artéria fica obstruída e o sangue não chega em determinadas áreas do cérebro.

O outro tipo de AVC é o hemorrágico que é causado pelo comprimento de um vaso sanguíneo, gerando eventualmente por um aneurisma cerebral.

As consequências do AVC têm ligação com a área do cérebro afetada, que não recebeu fluxo sanguíneo necessário, prejudicando a função dos neurônios da região.

É muito importante saber reconhecer os principais sinais de um AVC, o atendimento médico de emergência pode ajudar a salvar vidas. Esses sinais podem aparecer de forma isolada ou combinada que são eles:

  • Alteração da visão.
  • Fortes dores de cabeça.
  • Dificuldade para engolir.
  • Dificuldade de falar ou de entender o que os outros falam.
  • Enfraquecimento, dormência ou paralisação de um lado da face, braço ou perna.

Nas últimas décadas o atendimento do paciente com AVC tem evoluído muito, primeiro surgiu a possibilidade de realizar o tratamento por via endovenosa com um medicamento trombolítico que consegue dissolver o coágulo causador do derrame, outra possibilidade é  tratamento endovascular que é a remoção do coágulo por um procedimento minimamente invasivo.

O tipo de tratamento a ser realizado vai ser definido pela equipe de atendimento da emergência. O tempo de início dos sintomas é um fator determinante no prognóstico e evolução do quadro clínico do paciente.

Para identificar se uma pessoa está com indícios de AVC é preciso realizar a prática da sigla SAMU. Trata-se de uma técnica onde é possível reconhecer com precisão se uma pessoa está com os sintomas de AVC, caso o teste do SAMU seja positivo, acione a emergência imediatamente.

Você sabe o que é a sigla SAMU?

Na neurologia, ela representa a união de sinais sugestivos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

👉​ Em caso de suspeita, peça para a pessoa sorrir (S). Se ela apresentar um sorriso com uma deformidade da rima labial, pode ser um desvio causado pelo AVC.

👉​ O [A] é de abraço. Quando a pessoa não consegue abraçar, mostra que está sem forças para levantar os braços.

👉​ [M] é de música. Se a pessoa não consegue cantar ou assobiar é sinal de alerta.

👉​ Já o [U] representa urgência e é quando se deve acionar o SAMU, nesse caso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ou levá-la imediatamente para o hospital.

🚨​ Ao reconhecer os sintomas de um AVC peça rapidamente ajuda para encaminhar a vítima ao hospital mais próximo. O tempo é muito importante para o tratamento do AVC e redução das sequelas.

Atendimento ao AVC seguindo a escala de Stroke!

Quando o paciente com suspeita de AVC chega à emergência do hospital, é realizada uma avaliação inicial para chegar à gravidade do caso através da Stroke Scale.

Por meio do atendimento Stroke conseguimos obter informações sobre a gravidade do AVC e através da pontuação obtida na escala, serão tomadas as decisões do tratamento a ser instituído.

A escala consiste em avaliar os sinais do paciente que está com suspeita de AVC.

  1. Nível de consciência: paciente está alerta, não alerta ou está respondendo apenas com reflexos motores ou reações autonômicas.
  2. Perguntas de nível de consciência: o paciente é questionado sobre o mês e sua idade.
  3. Comandos de nível de consciência: o paciente é solicitado a abrir e fechar os olhos e então abrir e fechar a mão.
  4. Olhar conjugado: aqui os movimentos oculares são analisados para verificar se há paralisia parcial ou total do olhar.
  5. Visual: os campos visuais são testados por confrontação para analisar perda visual, hemianopsia completa ou hemianopsia bilateral.
  6. Paralisia Facial: nesta etapa é verificado se há paralisia parcial ou total da face.
  7. Movimentos dos braços: o braço é colocado em posição de 90° e então é analisada a queda do braço que deve ocorrer antes de 10 segundos.
  8. Movimentos das pernas: a perna é colocada na posição de 30° e a queda deve ocorrer em até 5 segundos.
  9. Ataxia de membros: este item avalia se existe evidência de uma lesão cerebral unilateral.
  10. Sensibilidade: aqui avaliamos se há sensibilidade ou mímica facial ao beliscar ou ao realizar um estímulo doloroso.
  11. Melhor linguagem: o paciente é solicitado a descrever o que está acontecendo.
  12. Disartria: é solicitado que o paciente que leia ou repita palavras para avalizar se há  alteração no organismo e perda de coerência.
  13. Extinção ou Desatenção: é analisado se há desatenção visual, tátil, auditiva, espacial ou pessoal.

Dependendo da pontuação atingida na escala o médico então determina a gravidade da lesão e encaminha o paciente para o seu respectivo tratamento. Agende uma consulta.

HCI e você, juntos pela vida!