Introdução à hormonioterapia

O que é hormonioterapia?

A hormonioterapia, chamada também de terapia hormonal ou endócrina, utiliza medicamentos para bloquear ou diminuir a quantidade de hormônios no corpo. Isso pode retardar ou interromper o crescimento e disseminação do câncer. 

Os profissionais de saúde podem combinar a terapia hormonal com outros tratamentos, como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Utilizam esse tratamento, frequentemente, para reduzir o risco de recorrência do câncer.

Tipos de hormonioterapia

1. Inibidores de aromatase

Utilizados principalmente no tratamento do câncer de mama receptor hormonal positivo em mulheres pós-menopausa, esses medicamentos inibem a enzima aromatase, responsável pela conversão de andrógenos em estrogênio.

2. Antagonistas de hormônios

Os antagonistas de hormônios bloqueiam os receptores hormonais nas células cancerosas. São empregados no tratamento de cânceres de mama e próstata.

3. Análogos de hormônios

Os análogos de hormônios são compostos que simulam os hormônios naturais do corpo, mas apresentam efeitos diferentes, como a redução da produção hormonal ou o bloqueio da ação hormonal. São aplicados em casos de câncer de próstata, endométrio e ovário.

A escolha do tipo de hormonioterapia é determinada pelo tipo de câncer, estágio da doença e condições de saúde do paciente, visando maximizar a eficácia do tratamento enquanto se minimizam os efeitos colaterais.

Benefícios da hormonioterapia

Benefícios em diferentes condições de saúde

A hormonioterapia desempenha um papel crucial no tratamento de vários tipos de câncer sensíveis a hormônios, como o de mama, próstata e endométrio. Ao bloquear ou reduzir os níveis de hormônios no organismo, esse procedimento interrompe ou retarda o crescimento das células cancerosas, agindo tanto na prevenção da produção hormonal quanto na contenção da disseminação do tumor.

Hormonioterapia na menopausa e andropausa

Além do tratamento do câncer, a hormonioterapia atua na gestão dos sinais da menopausa e andropausa:

    • Para mulheres na menopausa: alivia sintomas como ondas de calor, secura vaginal, redução do risco de osteoporose, melhora no humor, diminuição da perda dentária, redução do risco de câncer de cólon e diabetes, promovendo uma melhor qualidade de vida.

    • Para homens na andropausa: os benefícios incluem aumento da massa e força muscular, densidade óssea, libido e desempenho sexual, perda de peso, melhoria da autoestima e regulação dos níveis de ferro, contribuindo para o bem-estar geral.

Riscos e efeitos colaterais

Riscos associados à hormonioterapia

A hormonioterapia, utilizada para tratar certas condições de saúde, como câncer, pode levar a diversos efeitos colaterais, que variam de acordo com o tipo de tratamento e as características do paciente. A discussão sobre os benefícios e riscos do tratamento com a equipe médica é fundamental para uma escolha informada.

    • Homens em hormonioterapia para câncer de próstata podem experimentar ondas de calor, diminuição da libido, disfunção erétil, perda óssea, fadiga, alterações na composição corporal, problemas de memória e aumento no risco de outras condições de saúde.

    • Mulheres tratadas para câncer de mama ou endométrio podem sofrer de ondas de calor, alterações vaginais, redução da libido, fadiga, náuseas, dores musculares e articulares, perda óssea e risco elevado para outros cânceres, derrames, coágulos, cataratas e doenças cardíacas.

É importante reportar quaisquer efeitos ao médico para ajustar o tratamento e minimizar desconfortos, visando melhorar a qualidade de vida durante o tratamento.

Gerenciamento dos efeitos colaterais

Para gerenciar os efeitos colaterais da hormonioterapia de forma eficaz, é crucial uma abordagem colaborativa entre paciente e equipe médica. A comunicação de sintomas permite ajustes personalizados no tratamento, uso de medicamentos e suportes adequados. Adotar um estilo de vida saudável, através de exercícios físicos regulares, uma dieta balanceada e apoio psicológico, desempenha também um papel essencial na redução dos impactos adversos.

Hormonioterapia em diferentes idades

Abordagem para diferentes grupos etários

A hormonioterapia se ajusta às necessidades específicas de cada grupo etário. Em jovens, trata distúrbios endócrinos, como a puberdade precoce. Em adultos, é crucial para tratar infertilidade, sintomas da menopausa e andropausa, e combater cânceres hormônio-sensíveis, como os de mama e próstata. A personalização do tratamento é essencial para equilibrar benefícios e riscos, promovendo saúde e bem-estar ao longo da vida.

Perguntas frequentes

O que é hormonioterapia e quem deve fazer?

A hormonioterapia, também conhecida como terapia hormonal ou endócrina, é um tratamento que utiliza medicamentos para bloquear ou reduzir hormônios no corpo. Indicada para pacientes com distúrbios hormonais, mulheres na menopausa, homens na andropausa e indivíduos com cânceres sensíveis a hormônios, como os de mama e próstata. Essa abordagem é aplicada ainda em tratamentos de fertilidade e casos de puberdade precoce.

Quais são os benefícios?

A hormonioterapia pode retardar ou prevenir o avanço do câncer e aliviar sintomas em distúrbios endócrinos, menopausa e andropausa, oferecendo uma melhora significativa na qualidade de vida e no manejo de condições específicas.

Quais são os riscos e efeitos colaterais?

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem fogachos, alterações de humor, ganho de peso, fadiga, perda de libido, osteoporose, além de riscos elevados para doenças cardíacas, AVC, coágulos sanguíneos e outros tipos de câncer. É importante destacar que nem todos os pacientes experimentam os mesmos efeitos e que esses geralmente são temporários.

Como é o acompanhamento médico?

Durante a hormonioterapia, o acompanhamento médico abrange exames físicos, laboratoriais e de imagem, incluindo verificações nas áreas do pescoço, axilas, tórax e mama. O médico ajustará o tratamento conforme necessário, gerenciando sintomas para assegurar o bem-estar do paciente.