O HCI faz de Itajubá a única cidade do mundo com menos de 100 mil habitantes a ter um Centro de Transplantes de Órgãos, Tecidos e Células com 5 modalidades de transplantes: Coração, Fígado, Rins, Medula Óssea e Córnea. O HCI é um centro de referência em transplantes em Minas Gerais, mas está aberto para atender pacientes de todo o país.
Além de termos uma equipe de profissionais altamente qualificados, contamos com um parque tecnológico e uma infraestrutura de ponta, necessário para os melhores resultados aos pacientes transplantados.
Transplante de medula óssea
O transplante de medula óssea (TMO), conhecido também como transplante de células-tronco hematopoiéticas, é um tratamento que substitui medula óssea doente ou deficitária por células normais, visando a reconstituição de uma medula saudável.
Este procedimento é essencial no combate a doenças hematológicas graves, incluindo leucemia, linfoma ou mieloma, e auxilia no controle de outras condições que afetam o sangue e o sistema imunológico.
As células necessárias para o transplante podem vir tanto do próprio paciente quanto de um doador compatível, oferecendo uma nova esperança e possibilidade de cura para os pacientes. No HCI realizamos o TMO autólogo, onde o doador de células é o próprio paciente.
A escolha dos pacientes para o transplante de medula óssea é criteriosa, conduzida por uma equipe multidisciplinar. A avaliação inclui verificações da saúde renal, hepática, pulmonar, cardíaca e imunológica. A integração de profissionais como dentistas, nutricionistas e psicólogos é essencial nesta etapa.
O Transplante
A preparação para o transplante de células-tronco é uma etapa essencial que começa cerca de 10 dias antes do tratamento. Envolve a internação do paciente, a inserção de um cateter venoso central e a administração de altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia.
Esses procedimentos têm como objetivo eliminar células cancerígenas remanescentes, preparar a medula óssea para receber as novas células e diminuir o risco de rejeição ao suprimir o sistema imunológico.
No caso do TMO autólogo, células da medula óssea são colhidas pelo médico e encaminhadas para preparação. Após a preparação, a medula óssea é infundida na corrente sanguínea do paciente. As células-tronco transplantadas se direcionam para a medula, onde começam a se fixar e proliferar, gerando novas células sanguíneas maduras.
Entre duas a quatro semanas após a infusão, é possível verificar o sucesso do transplante, observando a funcionalidade da nova medula. Este período marca um ponto crítico na recuperação do paciente.
Riscos e benefícios
O TMO autólogo carrega riscos variáveis dependendo da doença tratada, tipo de transplante, idade e estado de saúde do paciente, e incluem a falha do enxerto, infecções oportunistas, cataratas, infertilidade e até a morte.
Dados recentes destacam que um grande número de transplantes autólogos de células-tronco beneficiou pacientes com mieloma múltiplo e linfomas Hodgkin e não-Hodgkin. As taxas de sobrevivência de três anos para essas condições são:
- Mieloma múltiplo: 79% dos pacientes sobreviveram três anos após o transplante.
- Linfoma de Hodgkin: cerca de 92% das pessoas permaneceram vivas três anos após o tratamento.
- Linfoma não-Hodgkin: a maioria realiza o transplante após recidiva da doença, com uma taxa de sobrevivência de 72% três anos após o transplante.
Estes dados refletem a eficácia do transplante de células-tronco em melhorar a sobrevivência a longo prazo para determinadas doenças hematológicas.
Pacientes submetidos a transplantes autólogos geralmente retomam suas atividades normais em dois a três meses.
Transplante de coração
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença comum e com grande impacto para a população, tendo em vista seu alto índice de mortalidade (cerca de metade das pessoas com IC morrem até cinco anos após o diagnóstico), morbidade (cerca de 70% das pessoas têm uma ou mais internações durante a vida), e incapacidade de realizar exercícios e trabalhar, afetando a maior parte dos pacientes.
A clínica de insuficiência cardíaca é a melhor forma de tratamento desta doença, pois além do atendimento médico, oferece atendimento multidisciplinar ao paciente (psicologia, enfermagem, nutrição e farmácia), melhorando a adesão ao tratamento e reduzindo a necessidade de internação. Já nos casos de IC avançada, o Transplante Cardíaco tem seu lugar, aumentando tanto a qualidade de vida como a sobrevida do paciente.
O transplante cardíaco é eficaz, reduzindo a mortalidade em até 35%, evitando internações e, principalmente, melhorando a capacidade para o trabalho (evitando a aposentadoria precoce). O transplante de coração é uma cirurgia complexa que envolve a remoção do coração doente do paciente e a implantação do coração doado.
Além de ofertar atendimento especializado para paciente com IC por meio do seu Ambulatório de Insuficiência Cardíaca, o HCI é a única instituição credenciada para transplante de coração do Sul de MG e conta com equipe experiente em cirurgia cardíaca responsável pelas captações e implantes do órgão.
Transplante de Fígado
O Transplante de Fígado é um procedimento cirúrgico complexo realizado em pacientes com doenças hepáticas graves, incluindo a cirrose hepática avançada, insuficiência hepática aguda, tumores hepáticos primários, como o carcinoma hepatocelular, e doenças metabólicas. O transplante pode oferecer uma segunda chance de vida para pacientes com doenças hepáticas terminais
Os tipos de Transplante de Fígado são:
- Transplante de Doador Falecido: O fígado é obtido de um doador com morte cerebral.
- Transplante de Doador Vivo: Uma parte do fígado é removida de um doador vivo saudável e transplantada para o paciente. Esta modalidade é pouco comum no Brasil.
Pacientes aprovados para transplante são colocados em uma lista de espera, controlada por uma Central Estadual de Transplantes (MG Transplante). A alocação de fígados doados é baseada em critérios como a gravidade da doença hepática (pontuação MELD) e o tempo de espera.
Muitos portadores de doenças do fígado apresentam função hepática normal e não são, em princípio, candidatos ao transplante. Contudo, a progressão da doença hepática varia de caso a caso.
Por isso, cada paciente deve ser avaliado pelo seu gastroenterologista, hepatologista ou pela equipe de transplante para determinar o momento ideal para sua inscrição na lista de Transplante de Fígado da Secretaria da Saúde do Estado de Minas Gerais.
A escassez de órgãos doados continua sendo um dos maiores desafios no campo dos transplantes de fígado. A conscientização sobre a importância da doação de órgãos é essencial para aumentar o número de órgãos disponíveis para transplante.
O Grupo de Hepatologia e Transplante de Fígado do Hospital de Clínicas de Itajubá (HCI) tem a proposta de disponibilizar tratamento integral e de qualidade ao paciente com doenças do fígado, favorecendo a sua reintegração à sociedade.
A nossa instituição dispõe das melhores opções de tratamento, investindo constantemente no aprimoramento de seus integrantes, assim como na incorporação de novos avanços ao tratamento das doenças do fígado. Conte conosco na realização do Transplante de Fígado.
Transplante de Rim
A doença renal crônica (DRC) é uma condição progressiva na qual os rins perdem gradualmente sua capacidade de filtrar resíduos e excesso de líquidos do sangue.
As causas comuns incluem o diabetes, hipertensão arterial, doenças glomerulares e obstrução do trato urinário.
O Transplante de Rim oferece uma melhor qualidade de vida a pacientes com DRC em estágio terminal ou que já estão em diálise.
Pacientes considerados para transplante passam por uma avaliação abrangente para garantir que estão aptos para a cirurgia. A educação sobre o processo de transplante, os cuidados pós-operatórios e as mudanças no estilo de vida é essencial.
Pacientes aprovados para transplante são colocados em uma lista de espera. A alocação de rins é baseada em fatores como compatibilidade sanguínea, tempo de espera, e urgência médica. O tempo na lista de espera para um rim doado pode ser longo e incerto. Durante esse período, é importante manter uma boa saúde física e mental e estar preparado para a cirurgia a qualquer momento.
A cirurgia de transplante de rim envolve a colocação do novo rim saudável no abdômen inferior do receptor e a conexão deste ao sistema urinário e aos vasos sanguíneos. O rim pode ser originado de um doador falecido (com morte cerebral) ou vivo (geralmente um familiar mais próximo).
Medicamentos imunossupressores são necessários para prevenir a rejeição do rim transplantado. Estes medicamentos requerem monitoramento cuidadoso e ajustes ao longo do tempo.
Além disso, após o transplante os pacientes são monitorados de perto para detectar sinais de infecções ou outras complicações. A recuperação envolve a retomada gradual das atividades e a adaptação ao novo regime de medicamentos.
O apoio contínuo de profissionais de saúde, familiares e grupos de apoio é crucial para ajudar os pacientes a se adaptarem à vida após o transplante e a gerenciar quaisquer desafios emocionais ou físicos.
O Hospital de Clínicas de Itajubá possui Ambulatório de Pré e Pós-transplante, além de possuir equipe cirúrgica composta por urologistas e cirurgiões vasculares com larga experiência e à disposição para beneficiar os pacientes da região e realizar o transplante renal. Além disso, o HCI é um dos três hospitais do Sul de MG com habilitação para captação e transplante de rim.
Transplante de Córnea
O Transplante de Córnea é um procedimento cirúrgico que substitui uma parte ou a totalidade da córnea doente ou danificada por uma córnea saudável de um doador. Algumas causas comuns que podem trazer a necessidade de transplante de córnea são o ceratocone e outras doenças ectásicas da córnea, cicatrizes devido a infecções ou lesões, degenerações e distrofias corneanas e complicações de cirurgias oculares anteriores.
Muitos problemas na córnea causam visão embaçada ou distorcida, sensibilidade à luz, dor nos olhos e inchaço ou inflamação da córnea.
O transplante de córnea é realizado sob anestesia local ou geral, dependendo do caso. O cirurgião remove a córnea doente e a substitui pela córnea do doador. Após o transplante, os pacientes geralmente precisam de várias semanas a meses para se recuperar completamente. Durante esse período, é importante evitar atividades que possam prejudicar os olhos.